terça-feira, 11 de setembro de 2012

BULLYING, de brincadeira não tem nada!


Bullying deriva da palavra inglesa bully, que enquanto substantivo significa valentão, tirano e, como verbo, brutalizar, tiranizar, amedrontar. Na prática, o termo significa formas de agressão intencionais e repetidas adotadas sem motivo aparente, evidenciando uma relação desigual de poder, contra uma ou mais pessoas, resultando em angústia e dor para a vítima.

            O fenômeno emerge de ações discriminatórias e práticas freqüentes de violência no cotidiano escolar, tratando-se de um tipo de exclusão social capaz de oprimir, intimidar e  de machucar  aos poucos, sem precisar ser declarada de fato.

O Bullying é um fenômeno complexo, de difícil solução, que exige envolvimento e compromisso de toda a sociedade, principalmente no ambiente escolar. A única maneira de se combater o Bullying é através da cooperação de todos os envolvidos: professores, funcionários, alunos e pais.

O PAPEL DA ESCOLA: A escola tem um papel importante na prevenção do Bullying, por ser cenário das primeiras relações interpessoais fora do ambiente familiar, e por isso deve priorizar a conscientização geral de seus alunos e estimulá-los ao engajamento em projetos antibullying. Desta forma, a aproximação entre professor/aluno facilita a identificação e intervenção nestas situações de violência.

O PAPEL DA FAMÍLIA: A família vem em primeiro lugar na formação dos valores, pois os laços afetivos são a base para a educação estruturada e sólida. Hoje sabe-se que o ambiente moral da casa tem grande importância na formação das crianças e terá grande influência no rumo que a criança irá tomar quando crescer.


COMO PREVENIR A PRÁTICA DO BULLYING?

A prevenção através da conscientização e internalização de valores importantes para convivência pacífica em sociedade diminui as chances das crianças de hoje tornarem-se os cidadãos intolerantes e preconceituosos de amanhã.

- Reduzir os fatores de risco a partir da diminuição da exposição à violência no ambiente escolar, doméstico e comunitário, além daquela divulgada pela mídia.

- Manter um espaço em casa para falar sobre seus méritos e suas dificuldades, procurando desenvolver sua auto-estima e suas habilidades sociais, além de trabalhar suas frustrações e insatisfações.

Não há valor que se sustente sem bons exemplos! Adultos que cobram disciplina, mas chegam atrasados, que cobram posturas cidadãs, mas levam a vida com 'jeitinhos', ou, bem mais comum, que fazem promessas e não as cumprem, não percebem que a criança aprende muito mais pelo que elas vêem e vivenciam do que pelo que elas escutam e que elas serão SEMPRE um reflexo dos adultos que lhe serviram como modelo.

Stress - O que o nosso corpo pode estar tentando nos dizer?

O Stress é a reação física e emocional que um indivíduo tem acerca de uma situação que lhe exige mais do que ele pode oferecer, gerando uma pressão muito grande que o deixa em estado de alerta permanente, o que acaba ocasionando um desgaste tanto físico quanto mental. O Stress pode ser provocado pela existência de conflitos mal resolvidos, ansiedade, frustração, medos ou preocupações. O indivíduo não dá conta da pressão emocional que se encontra até começar a apresentar sintomas físicos.

Aprender a “ler” o que o corpo está querendo nos dizer é uma forma de prevenir a evolução destes sintomas para uma doença propriamente dita. No caso do Stress, sintomas físicos constantes e frequentes como dor de cabeça, tensão muscular, insônia, taquicardia, desconforto na região do estômago, irritabilidade, falta de memória, cansaço, entre outros, podem indicar que tem algo acontecendo e precisa de um olhar diferente.

Quase todos os acontecimentos e situações podem provocar Stress, dependendo de cada pessoa. É importante o auxílio profissional em casos onde o Stress passa a provocar prejuízos em áreas como o trabalho, os estudos e a vida pessoal do indivíduo. Não é uma tarefa fácil lutar contra o Stress, mas não é impossível, o primeiro passo é identificar suas causas e ter força de vontade para mudar.

Fazer exercícios físicos regularmente, cuidar da dieta, melhorar os hábitos de vida, evitar bebidas alcoólicas e eliminar o cigarro já auxiliam o corpo a combater o Stress. Ter uma rede de amigos, eliminar preocupações e obrigações desnecessárias, delegar tarefas, viajar se for possível, relaxar ao longo do dia e estabelecer prioridades às suas necessidades são algumas dicas e pequenas mudanças que vão aliviando as tensões e nos fazendo sentir melhor. Coloque SEU bem estar em primeiro lugar, vale à pena tentar!

Publicado em Jornal da Praia Garopaba

A Criança e a Mentira


        A primeira reação dos pais quando percebem que seu filho está mentindo é de susto. Daí vem a conversa, o castigo ou a bronca... E aquela mentirinha toma uma proporção maior, até pelo fato de ser a primeira e os pais não saberem mais se podem ou não confiar 100% no que a criança está dizendo.

Qual a melhor atitude a se tomar numa situação como essa?

Bom, pra começar é importante citar que crianças de até cinco anos de idade não distinguem o que é fantasia do que é real. Fantasia é brincar de faz de conta, e isso é uma parte muito rica da vida imaginativa e faz parte do desenvolvimento normal de toda criança, sendo base para o pensamento lógico que ela terá quando adulta.  
Com o passar dos anos, a fantasia vai dando cada vez mais lugar à noção de realidade, sem desaparecer totalmente. As mentiras começam a aparecer aos 2, 3 anos de idade, e aos 4 anos a maioria já conta mentiras ocasionais, que aparecem concomitantemente a outros sinais cognitivos, que podem - juntos-  ser considerados uma consequência da sofisticação do seu pensamento.

Mesmo que a criança ainda não saiba diferenciar a fantasia do real, desde pequena os pais devem lhe mostrar o que é mentira e o que é fantasia nas suas histórias. Conversar e trazer a criança para a realidade é a melhor forma de lidar com a mentira. A criança inventou uma história, mas ainda não sabe distinguir o real da fantasia, mas a verdade precisa ser mostrada.

A partir dos seis anos a criança entra numa fase mais realista, ela ainda brinca com a sua imaginação e cria situações que não são reais, mas a capacidade de abstrair da realidade espontaneamente fica cada vez mais diminuída.

A mentira vai se tornar intencional a partir dos sete anos, onde a criança já adquiriu noções de valores sociais e sabe distinguir o que é verdade e o que é mentira. As crianças utilizam a mentira normalmente como forma de fugir da responsabilidade, para chamar a atenção dos pais, melhorar sua autoestima ou até por temer castigos ou repreensões por algo que fizeram de errado.

Broncas severas ou castigos acabam levando a criança a mentir mais vezes por medo de receber novamente esse tipo de punição. O ideal é mostrar pra ela os benefícios da verdade e os prejuízos da mentira. A criança deve sentir que ao contar a verdade terá a admiração dos pais, professores e amigos e que a mentira "tem perna curta" e logo será descoberta e desaprovada pelos mesmos.

Quando o comportamento mentiroso é muito frequente ou se estende muito além dos sete anos, devemos ter um olhar mais cuidadoso, pois alguma coisa a criança pode estar tentando nos dizer. É importante ter uma boa conversa ao invés de reprimir, fazer uma análise do contexto familiar e escolar, tentando não focar apenas na mentira em si, mas no objetivo dela. Desta forma, estaremos ajudando a criança a expressar genuinamente o que ela está sentindo e pensando, de forma segura e tranqüila.

Publicado no informativo/agosto da Escola Crescer e Conhecer - Garopaba /SC